Como vocês viram na nossa cobertura de Pebble Beach e como o nome indica, um concurso de elegância é literalmente uma competição em que a elegância em sua forma automotiva é o mais importante – e geralmente também se estende aos participantes e espectadores.
No primeiro livro apropriadamente elegante sobre o assunto – The Concours, da editora Assouline – o autor e antigo juiz em Pebble Beach, Ken Gross, assina um guia abrangente sobre “as origens e histórias que fizeram desses eventos o palco de referência para exibição e discussão de tesouros automotivos, as modas que os acompanharam e o impacto cultural que esses festivais tiveram na sociedade como um todo”.
Isso inclui não apenas os principais concursos, que se estendem muito além de Pebble Beach, mas os detalhes da seleção de carros e do julgamento, os melhores leilões de carros clássicos, que muitas vezes acompanham os concursos de primeiro nível, a emoção de competir e passear em carros clássicos de concurso e o Concours Club, em Miami, um novo clube de campo para os amantes de carros que carrega a tradição de maneira inovadora.
Gross escreve que “o histórico Concours d’Elegance, nascido há mais de um século e na época de luxuosas carruagens puxadas por cavalos, era uma celebração judaica de estilo e elegância. Inicialmente, era o passatempo predileto dos muito ricos. Patronos privilegiados do comércio de carruagens, trabalhando em estreita colaboração com os principais estilistas da época, reuniram-se para competir com veículos projetados sob medida acompanhados por mulheres usando conjuntos lindamente combinados”.
“Quando o automóvel apareceu pela primeira vez, muitos dos construtores de carruagens e seus patrocinadores elevaram a competição ao próximo nível, mas agora as mulheres e suas roupas de grife complementavam os automóveis mais e mais caros”, observa ele. “Essas competições amistosas atingiram o pico no final dos anos 1930, o auge dos automóveis feitos a partir de carruagens”.
Sua popularidade mais tarde diminuiu à medida que as carruagens praticamente desapareceram, mas verdadeiros conhecedores da beleza automotiva os reviveram ou começaram novos concursos em todo o mundo quando o valor de carros clássicos icônicos e criações ainda mais recentes começou a subir, mostrando que “o gosto por belos automóveis é uma paixão que não conhece fronteiras”.
Com o passar do tempo, “esses eventos tornaram-se destinos definitivos de estilo de vida automotivo e caldeirões culturais de conhecimento compartilhado”, escreve Gross, inspirando, mais recentemente, o estabelecimento do Concours Club, que custou cerca de US$ 220 milhões para ser construído e incorporará recursos como pista privada, spa, restaurante e bar.
“Os supercarros de hoje não podem ser levados a níveis próximos de seu potencial em vias públicas”, observa Gross. “O Concours Club permite que os carros – e seus donos – exerçam todo o seu potencial em um ambiente controlado, com supervisão personalizada. Ele consegue homenagear os concursos de elegância ao mesmo tempo em que projeta futuro de luxo. Os mesmos aficionados que se reuniram para exibir suas carruagens puxadas por cavalos evoluíram para entusiastas do século XXI, que continuam a exigir excelência não apenas de seus carros, mas de suas vidas”.
