“Com histórias únicas, arquitetura exterior grandiosa, interiores suntuosos e paisagens lindas, as casas do interior da Grã-Bretanha são um eterno objeto de fascinação e fantasia”, destaca o autor Jeremy Musson sobre seu brilhante novo livro.
The Country House – Past, Present, Future: Great Houses of the British Isles, publicado pela Rizzoli e agora à venda na Amazon, tem quase 400 páginas e mais de 300 fotos e ilustrações, tornando-o uma bela novidade na sua mesa de centro, assim como referência em qualquer livraria de design.

Musson, um dos maiores historiadores da arquitetura, “abre as cortinas” de algumas das mais bonitas e importantes mansões da Inglaterra, Gales, Escócia e Irlanda, que serviram de inspiração para designers por todo o mundo; Ralph Lauren construiu um império bilionário baseado na visão idílica do que é a vida em propriedades palacianas.

Um bom número destas casas é hoje em dia propriedade da ONG National Trust, que ajuda a preservar mais de 500 pontos históricos, muitos deles abertos ao público. Outras mansões são como Downtown Abbeys da vida real que possuem famílias no comando por gerações.

Junto a toneladas de imagens de arquivo e novas fotos feitas para o livro, suas páginas incluem ensaios e termos informativos “oferecendo toques históricos e contemporâneos sobre essas propriedades”. Muitos dos donos dessas casas reuniram belas coleções de arte, móveis e objetos decorativos que são tão valiosos quanto a própria casa.

O livro é feito para agradar “anglófilos, fãs da realeza, amantes do estilo de vida rural, arquitetura e design de interior” e os visuais são simplesmente incríveis. Nem todos os melhores interiores são luxuosamente decorados; em algumas das casas mais elegantes, a arquitetura recebeu destaque, com painéis de mogno, mantas de pedra e móveis de madeira simples – agora antigos – como único adorno.

Em ambos os casos, essas propriedades estão longe de meros museus. “As casas de campo, em virtude de seu tamanho, história e presença física, tanto internas quanto externas, sugerem fixidez e monumentalismo”, escreve Christopher Ridgway, curador do Castelo Howard, a propriedade tornada famosa em Brideshead Revisited. Enquanto elas aparentam ser “construções imutáveis estabelecidas ao longo de décadas, se não séculos”, muito mais perto da verdade é que “a maioria das casas e propriedades históricas estão em movimento desde o dia em que foram construídas, e sua sobrevivência é frequentemente equação de balanceamento de mudança com continuidade na propriedade e gestão”.

Assim, ele observa, “seus habitantes variam de geração para geração; o prédio e a paisagem testemunham todo tipo de intervenção; coleções e arquivos crescem e se contraem; e o estoque de narrativas associadas ao lugar cresce o tempo todo”. E assim, embora possam parecer inalterados há muitas décadas, “esses lugares perduram de uma forma ou de outra porque são dinâmicos”.

E se por acaso você não for um anglófilo ou espectador dedicado de The Crown, quando terminar de ler e absorver o conteúdo deste livro, certamente você será.